12 agosto, 2009

G.A.A.C.

Desde de sempre pergunto-me o que são amigos coloridos. Cheguei a pensar
que fossem parentes dos amigos invisíveis, com os quais estou particularmente familiarizado. Durante todo a minha infância tive amigos invisíveis. Alias, o meu melhor amigo, o Euclides, é também invisível. Curiosamente, já não o vejo desde ontem.

Os amigos invisíveis sempre foram maltratados, nunca fisicamente devido a sua habilidosa arte de se esconder, mas sim psicologicamente. Ao ponte das suas existências serem posto, e a minha sanidade mental, serem postas em causa. Como sou uma pessoa preocupada e bastante solidária pensei em criar uma associação, um grupo de apoio, para colmatar falta de consideração que padecem e tentar prestar lhes o maior apoio possível. Essa ideia só não se concretizou por falta de patrocínios. Sempre que ia pedir dinheiro, parecia haver receptividade das pessoas, davam me inclusive um saco cheio (supostamente) de dinheiro. Diziam-me sempre: “Toma lá o dinheiro para os teus amigos invisíveis!” Pareciam mesmo contentes de ajudar, porque sempre que me entregavam o donativo, riam se às gargalhadas. Alguns de tanto rir até rebolavam no chão de. Mas o saco estava sempre vazio. Nunca percebi a piada. Mas pronto.

Pensando nos amigos coloridos, e uma vez que parentes dos meus amigos invisíveis, tive a brilhante ideia (mais uma!), de fundar uma associação que chamei G.A.A.C., ou Grupo de Apoio dos Amigos Coloridos. Mesmo sem perceber bem o que são, porque ao contrário dos amigos invisíveis, cuja designação provem do facto de só poderem ser vistos por quem mantêm com eles um vínculo afectivo, a dos amigos coloridos não faz sentido. Ou seja, desde inicio eles são incluídos num lote a que não pertencem, o que lhes poderá causar um certo transtorno. Mais uma razão para serem apoiados. É que todos os meus amigos são coloridos, visto que não sofro de visão monocromática, isto é não vejo a preto e branco. Mais, desta vez arranjei um patrocínio como deve ser. Qual melhor patrocinador para os amigo coloridos, do que a Benetton? Não fosse o slogan: “United Color of Benetton”. A verdade é que tenho lutado por essa causa e tenho acolhido muitas amigas coloridas na sede da associação, o meu quarto. Tenho lhes prestado o maior apoio possível, com imensas reuniões, jantares de convívios e outras actividades físicas e desportivas que acabam sempre no mesmo sitio, na sede. Quem não tem gostado muito disso, é a minha namorada, a Clara, que é irmã do Euclides.
Como sou um namorado dedicado aqui vai uma foto dela, certamente que ficará muito satisfeita.

Cabeça Suja…ocupada… Tou na sede…outra vez!!!
M@rkito Copyright

09 agosto, 2009

Acabar com... Os elogios

Eu cá até gosto muito de elogios. Sabe sempre bem ouvir umas quantas verdades, principalmente quando são direccionadas para a minha pessoa. M@rkito, és demais!” – Ah pois sou! “És Lindo!” – Também me digo isso todas manhãs que me olho ao espelho! “Tu não existe!” (Por vezes, tenho dúvidas que seja um elogio, mas…) – Existo, pois! Isso porque os meus pais, numa linda manhã, tarde ou noite, tiveram a brilhante ideia de me conceber. Mas por muito que gosta deles deveriam ser erradicados. Primeiro porque não os ouço tanto como deveria, ou seja, se não são usados para me elogiar, não faz sentido a sua existência. Segundo, por sim. E finalmente, porque me apetece acabar com eles. Mas cuidado não quero acabar com todos os tipos de elogios, mas sim com os ditos de conveniência, afectuosos e infernais.

A verdade é que sempre que ouço um elogio, algo se mal está para acontecer. Direi mesmo que trazem sempre água no bico. Não são poucas as vezes em que após ouvirmos um elogio, surge um pedido por parte do elogiando. “Já te disse que és um bacano! Um grande amigo! Podias fazer-me um favor!? Dava para me levares ao aeroporto as 4h da manhã...amanhã?” (Nota: o pedido é feito às 22h, ou seja, 6 horas antes). Mas depois que tantos termos elogiosos, como recusar. O problema é que eu preciso de 10 horas para completar o meu sono de beleza, por isso é que nunca mais fico bonito. Não me deixam dormir!

Como tantos outros, também sou um mestre na arte de elogiar e sempre que posso tento tirar proveito dessa minha habilidade, mas nunca me esquecendo que os pedidos nunca podem ser exagerados. “Mamã! Já te tinha dito que és a melhor mamã do mundo! Podias dar-me aquele que vi na montra, não te preocupes. É baratinho. Custa apenas 250€!”. Os mais atentos terão decerto reparado que os elogios citados foram os de conveniência.

Os elogios afectuosos são, na maioria das vezes, proferidos por familiares. “Não é por ser o meu filho, mas é mesmo bonito!” “Sinceramente, e não digo isso por serem os meus pais, mas são mesmo espectaculares.” A utilização deste tipo de elogios não tem nada de vergonhosa. Bem Pelo o contrário, denota um certo orgulho, e sejamos francos vergonhoso seria fazer o oposto. “ És mesmo burro! De certeza que te trocaram na maternidade!” “Fogo! Vocês não percebem nada! De certeza que fui adoptado! Só pode! Digam me lá quem são os meus verdadeiros pais!”.

Finalmente, o aterrador elogio infernal. Sim. Porque depois de ouvi-lo, a sua vida passa a ser um inferno. Este tipo de elogio é principalmente usado pelo patronato. Sempre que ouço, o patrão proferir este tipo de elogios para um colega, não me consigo conter e fujo para a casa de banho onde derramo lágrimas de tristeza, mas também de felicidade. Pode ser que seja desta que fico o escritório do Fonseca. “Fonseca, você é um empregado espectacular, direi mesmo, do melhor que já vi. Mas… (Há sempre um mas) Vou ter de dispensa-lo. A actual conjuntura económica (e o pagamento do meu novo carro) não me permite que o mantenha na empresa”.

Cabeça Suja… elogiada…outra vez

M@rkito Copyright

07 agosto, 2009

O mundo está perdido

Para variar um pouco, serei breve. A notícia que vos trago é demasiado chocante, para não ser partilhada. Até me admiro a TVI, ainda não ter falado disso. Digo vos mais: o mundo está perdido…
Então não é que a Maya, vai ser a próxima capa da FHM. Por amor de deus! Será que não há mais mulheres!? Não é que tenha alguma coisa contra a Senhora Dona Maya, mas com franqueza! Se a FHM, precisar de contactos de miúdas giras, que me diga alguma coisa. Não é que seja amigo delas, mas conheço quem conheça conhecidos dos seus vizinhos. À sério! Já comprei montes de fotos delas em biquinis e outros trajes menores. Mas voltando à sô dona Maya, não percebo como foi parar à capa. Se fosse na contracapa, ainda entendia. Será que prometeu uma consulta de Tarot, ao editor da revista.
Falando agora de outra revista de referência, a Playboy, também não entendi porque o namorado da belíssima menina também está nas fotos. Quando compro a Playboy é para ver gajas boas e não o namorado delas. Qualquer dia, também aparece a família toda, gatos e periquitos incluídos. É o que digo… o mundo está perdido.
Cabeça Suja… Poupando na compra da FHM e Playboy deste mês
M@rkito Copyright

04 agosto, 2009

O galináceo grelhado pós-coital

Existe o mito urbano que depois do pinocanço, ou como querem chamar-lhe, é sempre agradável fumar um cigarrinho. Algo que não percebo muito visto que sou não fumador. Pronto admito. Por vezes ando com um isqueiro no bolso, mas só para poder dar lume às miúdas, e quiçá acender os seus desejos. Fumar naquele momento. Antigamente andava com um chupa no bolso, mas era muitas vezes mal entendido. Principalmente quando dizia: “Queres um chupa misto?”. A seguir levava com um estalo, ou pior, uma joelhada nos ditos cujos. Nunca percebi porquê. Eu tenho culpa que a loja, não tenha chupas de Coca-Cola, maçã ou outros sabores e que tenha apenas os duos, morango e leite. Se tem dois sabores diferentes é o chamado misto, então como é que designam as sandes com fiambre e queijo? Não são as cognominadas sandes mistas?

Voltando ao acto em si, ou melhor, depois na fase do relaxamento, se bem que durante por vezes é bem relaxante, não acho de todo saudável fumar depois. Pensem comigo. Estamos no momento crucial, quando uns vão-se e outros vêm-se, chegou a hora de tirar um peso, e partilhar algo com a nossa lindíssima e agradável companhia. Tão a seguir? Onde é que tu vais? Nada de ir a casa de banho! O serviço acabado, pegamos no belo do cigarro e toca a fumar. E se quisermos dar mais umas quantas voltinhas? É capaz de ficar agreste. Podemos até mesmo ficar sem folgo, prejudicar o fluxo sanguíneo, não permitindo assim a irrigação das extremidades. Ficando em baixo, quando nós devíamos erguer firmemente. Mesmo sem folgo, não esqueçamos a deixa de espelhar magia: “Tu… Tu és de cortar a respiração!”. Pior e se com o cigarro incendiamos a cama. Poderás sempre soltar: “Today, I am on Fire!” ou cantar: “The roof, the roof is on fire!”, ou melhor : “The bed, the bed is on fire!”

É por isso e por outras que eu sou apologista do galináceo grelhado pós-coital, para os leigos frango assado depois do pinocanço, isto sim é de louvar. Ainda por cima é muito mais saudável. Alias um estudo recente, e muito sério, comprova a salubridade dessa prática. 

Curiosamente, esse estudo foi patrocinado por uma churrasqueira local. Mas deve ser apenas uma coincidência. Como dizia, o consumo do galináceo grelhado pós-coital, é indubitavelmente vantajoso, depois dum esforçozinho, uma bucha cai sempre bem. Assim, estaríamos outra vez em forma e pronto para outra ou outras. Mais. Com as mãos gordurosas devido a ingestão do galináceo, poderíamos massajar a fofa, sem recorrer à aqueles óleos estranhos e caríssimos. É obvio que foi comido à mão e sem o recurso a talheres. Macho que é macho, empunha o frango e come-o.

Tenho a certeza que a partir de agora vão deixar de fumar depois de pinar, e abraçar esta nova filosofia, muito mais saudável.

Cabeça Suja…com as mãos cheias de gordura

M@rkito Copyright

02 agosto, 2009

A falta de musas

Eu sei que estão muito desiludidos por no mês passado não ter publicado muito. Depois de um mês de Junho endiabrado a nível criativo, o mês que passou foi mesmo fraquinho. Mas sejamos francos, eu nem tive culpa. A sério. Entre problemas informáticos, os malditos vírus causados por idas a sítios despedidos de preconceitos, e outros de força maior, como a preguicita aguda, a verdade é que tive mesmo é falta de inspiração. Sendo assim só posso culpar alguém por este momentâneo (durou apenas um mês!!!) vazio criativo.
Como a culpa não pode morrer solteira tenho o dever de ser queixinhas. Vejo-me na obrigação de revelar nomes. A culpa disto tudo é da falta de musas. Não é que as malvadas foram de ferias e nem sequer me levaram. Pior ainda. Poderiam ter tido amabilidade de mandar fotos, para que a inspiração não se esgota. Mas não! Nem uma fotozinha recebi. e depois admiram-se que vá a sítios menos próprios em busca de uma ideiazinha. E quem paga? O meu PC com mais uma carrada de vírus.
Isso de ir de férias não dá com nada. Principalmente se também não posso ir. Já as imagino na praia com o corpo reluzente, recebendo o devido banho de sol, mas faltando apenas uma coisa, a massagem. É obvio que seria eu a fazê-la. Para dizer a verdade, esse pensamento tem sido constante, e não são poucas a vezes em que não me encontro a salivar com o olhar fixo para o horizonte e acariciando o vazio. O que vale é que estou quase de férias, muitas idas a praia esperam-me e logo muitas musas e serem avistadas.
A falta de musas que tenho sofrido vai acabar, e com ela uma garantia: este mês, eu vou ter muito para escrever.
Cabeça Suja… de momento desinspirada
M@rkito Copyright