27 junho, 2010

Parabéns Falco






O ano passado tinha prometido que iria escrever um post espectacular para o aniversário do Tiago (Falc0), mas não vai ser desta. Tinha a secreta esperança de encontrar inspiração com o auxílio do meu dealer, mas o sacana foi preso por possuir uma videoteca de filmes piratas. Mas quem é preso por isso?

Sabem o que têm Raúl (Real Madrid), Fabrizio Miccoli (Palermo), Tobey Maguire (protagonista da trilogia do Spider-Man)? são os três ricos e famosos. E o quem as estas três celebridades em comum com o Falc0? Nasceram todos no dia 27 de Junho.
Tal como o nosso aniversariante, Kevin Bacon já foi transparente (em Hollow Man, 2000), só que ele foi pago para isso.

Não queria ser eu a estragar-te o dia, mas tenho de ser sincero contigo, tas a ficar velho. Mas não a de ser nada.

Cabeça Suja...cada vez mais velhos

M@rkito ®

19 junho, 2010

F.A.

As sociedades modernas estão repletas de vícios. Alguns mais patentes do que outros. Há quem goste de fumar e há quem goste de beber. Eu gosto de pastelaria (adoro bolos!) e pornografia. Mas não ao mesmo tempo. Para ver pornografia decente e convenientemente, as manápulas devem estar desocupadas, no caso (muito provável) de surgir a necessidade de exercitar músculos estimulados pelo visionamento deste género cinematográfico. Ou seja, e trocado por miúdos, seria um sinal de badalhoquice extrema ver pornografia e comer bolinhos ao mesmo tempo.

Para acabar com o vício da pornografia, comecei a frequentar reuniões dos P.I.S.S.P. (Pessoas Incapazes de Sobreviver Sem Pornografia). Numa ida à uma das reuniões, distraído por uma leitura atenta da Playboy, entrei na sala errada, a sala dos F.A. (Futebólicos Anónimos). Nessa sala, percebi rapidamente (cerca de 4 milésimos de segundos) que também sou um viciado no desporto-rei.

Curiosamente, e após varias reuniões, percebi que os meus vícios futebolísticos e pornográficos estão intimamente ligados. Afinal, ver futebol é como ver pornografia. Tem montes de acção (com excepção da liga portuguesa e dos jogos da Selecção Nacional), geralmente não consigo desviar os olhos daquilo. Mas quando acaba, pergunto-me sempre porque diabo desperdicei duas horas da minha vida com aquilo.

Há pouco dizia que antes de frequentar os F.A., não conhecia o meu real vicio pelo futebol, mas não é bem assim. Sempre soube da minha tara futebolística, eu é que não admitia. A verdade é que gosto de futebol e não há nada a fazer. Gosto de ver todos os jogos possíveis e inimagináveis, mesmo correndo o risco de adormecer (nomeadamente nos jogos da 1ª liga). Também gosto de compra A Bola todos dias. Felizmente com a frequência às reuniões, melhorei neste dois capítulos. Agora só vejo os resumos dos jogos, por sinal muito mais prático e menos aborrecido, e já não compro A Bola todos os dias, agora alterno as compras com O Jogo e O Record.

Para melhor exemplificar os vícios que podem ser vistos em reuniões dos F.A., vou apresentar três dos meus antigos colegas e suas respectivas taras.

- João: Este sujeito sofre de problemas identitários por ser simpatizante do S.C. de Braga. Pode ser perturbante para um adepto como um clube chamado Sporting possa jogar de vermelho e ter muitos jogadores oriundos do F.C.Porto. Mais ainda, são apelidados de arsenalistas. Que confusão!

- Nuno: Sempre que vê um pedaço de relva, atira-se para o chão é grita: PENALTI!

- Pedro: Para ele tudo se equipara com o futebol, designadamente a sedução. Para ele, e passo a citar, é muito mais prestigiante ir a Liga dos Campeões e ser eliminado do que não passar a primeira ronda da Taça Intertoto. Para bom entendedor meia palavra basta.

Como podem constatar não sou o único à não bater bem dos pirolitos

Cabeça Suja… a ver futebol

15 junho, 2010

Os casos

No vocabulário nacional, existem palavras e expressões complicadíssimas, ao ponto de deixar o comum dos mortais, os estrangeiros, com sérios problemas psicológicos. E quando digo os estrangeiros são meros mortais, não é a minha intenção desprestigiá-los, pelo contrário. Em Portugal, quem sobrevive mental e economicamente é um herói, direi mesmo um super-herói.

Como dizia há pouco, nacionalmente há expressões bem lixadas, com tantos sentidos que ficamos totalmente desorientados. O vocábulo "caso" é um desses casos, assumindo os mais diversos significados consoante o contexto em que é aplicado. É um caso sério de complicação linguística que apenas portugueses conseguem descodificar. Como é que querem que um estrangeiro perceba a portuguesada!?

Antes de referir o caso do dia, vou exemplificar algumas dessas expressões, só para que não fiquem com cara de caso. Por exemplo a expressão “sem nada”, na nossa portugalidade, ficar “sem nada” é perder tudo. Mas será que os estrangeiros assim o entendem. Desconfio que para eles, ficar “sem nada” é o mesmo que ficar “com tudo”, visto que estes dois vocábulos associados são contraditórios. Realmente ficar sem o nada, é o mesmo que ficar com tudo. Nada estúpidos, estes estrangeiros! Existe também a questão frutífera, se a maçã vem da macieira, a pêra da pereira e a cereja da cerejeira, porque raio a azeitona vem da oliveira e não da azeitoneira?

Mas voltando ao caso de hoje, e ao uso da palavra caso em diversas expressões da língua portuguesa, pode provocar, e é caso para dizer, um caso sério de desentendimento. Por exemplo, ter um caso implica inevitavelmente a presença de alguém que partilha esse caso. Ou seja, para se ter um caso, nunca pode tê-lo sozinho. Quando se consegue ter um caso sozinho estamos indubitavelmente perante um caso clínico. Ter um caso é, supostamente, algo que não é sério. Logo quando falamos em caso sério, estamos a falar de relações casuais entre pessoas. Porque se fosse sério não seria um caso, mas sim, uma relação. Neste sentido posso afirmar que qualquer caso sério é uma relação. Para manter uma relação durante algum tempo é fundamental fazer muito caso. Não fazer caso é o que tem de evitar a todo o custo.

Estar a trabalhar num caso, pode implicar um desenvolvimento profissional ligado à área jurídica, ou de investigação policial, mas não implica forçosamente uma tentativa de espalhamento de magia.

O caso é usado num contexto causa/efeito é o determinado caso para isso. Imaginando que descobre que sua mulher teve um caso com o carteiro. Decerto que ficava muito enervado, achando que aquilo é um caso sério. A vontade que tem é soltar os cães sempre que esse sacana de capacete que aproxima da sua casa. Mas como tem medo que aquele cabrão montado numa vespa (e na sua mulher) atropela os seus chiuauas, pede conselho aos seus amigos. É nessa altura que um dele lhe diz “Não é caso para estares assim! deixa lá as coisas connosco, um dia destes armadilhamos a mota dele”. Se o cornudo não fizer caso, no dia seguinte a polícia vai trabalhar no caso da mota que explodiu quando se aproximou dos chiuauas. Acham que um estrangeiro consegue perceber isto?

Cabeça Suja… com um caso sério que o deixou com cara de caso. Era caso para tanto? Talvez! Mas se calhar é melhor não fazer caso!

M@rkito ®

11 junho, 2010

Treinador de Bancada

Enquanto criança sonhamos nas profissões que mais tarde iremos exercer. Muito sonham em ser médicos, outros em ser proxenetas. Durante a minha infância, e ainda ate há algum tempo, sonhavam ser super-herói. Mas depressa, e mais por problemas de indumentária do que por falta de super-poderes, percebi que esse era um sonho inatingível. Convenhamos que aquela roupinha é no mínimo muito estranha e extremamente justa. Para além do facto de estar mascarado e de não poder reconhecido pelas donzelas em apuros não me parecer bem. 

Durante a adolescência fui estudando, como o óbvio recurso aos auxiliares de memória, na esperança que chegada a adultez teria um bom emprego. Mas afinal, as cábulas não eram assim tão boas. Infelizmente as taxas de desemprego vão aumentando, ou seja, emprego nem vê-lo. Já me ofereceram trabalho, mas quem disse que queria trabalhar. Eu quero um emprego. Trabalhar! Só me faltava essa!

Com o auxílio de uns quantos subsídios e a colocação estratégicas de algumas cunhas, brevemente irei solucionar o problema da falta de emprego. Em Portugal, temos o dom incrível de opinar a distância sobre as mais diversas questões, mesmo que não se perceba do que se está a falar. Porque não criar uma profissão com este mesmo propósito?!

Os mais cépticos me dirão que essa profissão não será inovador, visto que os políticos existem há muito tempo. A verdade é que não me estou a referir a politica, se bem que as semelhanças chegam a ser perturbadoras. Esta mania de mandar uns quantos bitaites é chamada Treino de Bancada. Por isso estes novos profissionais seriam denominados: Treinadores de Bancada.

Os Treinadores de Bancada estão normalmente associados ao fenómeno futebolístico, mas se formos mesmo criteriosos apercebemo-nos que na realidade estão presentes em todo lado. Podem ser visto na TV, lidos nos jornais e ouvidos na Rádios. Os supostos comentadores não são mais do que Treinadores de Bancada, só que com um nome mais pomposo.

O fabuloso desta profissão é estaria ao alcance de todos, estudiosos e menos estudiosos, vejam os Tertulianos que opinam sobre tudo e todos. Acham mesmo que tiraram algum curso? Talvez de (má) Língua!?

Sempre ouvi dizer que o futuro a Deus pertence e fazer algo que gostamos, torna as nossas vidas muito melhores. Trabalhamos bem e com eficiência e somos compensados por isso. Ou seja, fazermos algo que desde sempre está nos nossos genes, certamente trazer-nos-á felicidade e dinheiro. Amigos Treinadores de Bancada, o futuro é nosso.

Cabeça Suja… na Bancada

M@rkito ®

07 junho, 2010

A importância do bigode

Em Portugal, o bigode não é apenas um adereço ou mera pilosidade. Em Portugal, o bigode é um símbolo nacional tão indispensável como a bandeira, o hino, a mini e o tremoço. Para alem de ser um fantástico armazém para a comida, o bigode sublima e sublinha a personalidade do seu dono. E sublinhamos palavras para quê? Para evidenciar o texto! Se é farfalhudo e enrolado pertence a alguém alegre e orgulhoso, se é pequeno e aparado revela moderação e sobriedade, se é generoso e definido pertence a um dono sociável e com boas maneiras.

Outrora no mundo circense, o bigode também era uma fonte incrível de audiência. Principalmente quando era ostentado por uma mulher. Na verdade, não percebo bem esse gosto, assim como assim, prefiro pagar para ver uma mulher nu…ma de conversar. Mas pronto, gostos são gostos e gostos não se discutem.

Mas é futebolisticamente que o bigode ganha contornos descomunais. Sempre me disseram que o futebol não é para meninas, mas confesso que hoje em dia, sou frequentemente fustigado pelas dúvidas. Principalmente quando os jogadores estão mais preocupados com o penteado ou a fintinha que têm no cabelo. Ou mesmo quando, e em vez de correr, arrastam-se pelo campo, parecendo inclusive que estão a desfilar. E desfilar não é de homem!

No decorrer dos jogos são constantes as entradas mais ríspidas dos defesas sobre os avançados, mas na minha modesta opinião, a entradas nunca são assim tão violentas e merecedoras de cartão vermelho directo. Só mesmo se partir a perna do adversário em três lados. Mas mesmo aí, acho que a culpa é mais do sofredor do que do causador. Para começar se bebesse mais leite, não era tão frágil e se ostentasse um bigode, o defesa nunca teria entrado assim. Ao ver o bigode, o defesa perceberia logo que o oponente é um gajo rijo e ele é que se arriscava a ficar magoado.

Gostava de relembrar a todos os meus compatriotas, que os tempos mais áureos da Selecção Nacional, o vice-campeonato europeu em 2004 e os terceiro e quarto lugar no Mundial em 1966 e 2006, foram alcançados quando o treinador ostentava um bigode. Quando em 1989 e 1991, um certo Carlos Queiroz tinha um bigode e treinava a selecção júnior, levou a Selecção Portuguesa até o título mundial. Coincidência? Não creio! Porque no deixa-lo crescer outra vez?

Recentemente surgiu o fenómeno “vuvuzelas”, com o qual eu não concordo nada. Sempre que oiço aquela barulheira, armo-me com o insecticida e empunho o mata-mosca, porque parece que vou ser atacado por um enxame. Se querem mesmo apoiar a Selecção, sugiro que o façam patrioticamente, ou seja, usando produtos nacionais. Nada de “vuvuzelas”! Se querem mesmo soprar em algo, soprem nas garrafas. Nas garrafas vazias de minis! Seria um verdadeiro acto de patriotismo, mas para que esse acto seja pleno, não se esquecem do belo do bigode!

Enfim, o que queremos é dar Bigode as outras selecções enquanto nos rimos nas suas barbas.

Cabeça Suja… de bigode

M@rkito ®

05 junho, 2010

Novas Cabeçadas




Como estamos em mês de Mundial de Futebol, o maior acontecimento desportivo planetário a par dos jogos olímpicos, as temáticas deste mês não podiam ser outras que ligadas ao desporto-rei.

Este mês, nas minhas diversas rubricas falarei da “Importância do Bigode” (07/06), para demonstrar a importância patriota que os bigodes tem e certo modo apoiar o movimento “Queremos a selecção de bigode na Africa do Sul”. A profissão abordada será “Treinador de Bancada” (11/06). Como todos temos um dom incrível para opinar a distância sobre as mais diversas questões, porque não criar uma profissão com este mesmo propósito. É de conhecimento público que o Futebol está crivado de casos, casos sérios que por vezes levam a casos de polícia. È caso para tanto? Talvez! Por isso é melhor acabar com os “Casos” (15/06). Como eu, para muitos o futebol é um verdadeiro desassossego, tudo gira em volta desse desporto. Mas felizmente e a graças aos “F.A.” (19/06), tenho lidado melhor com esse vício.



A renovação e evolução dos CS, têm sido uma constante. Nesse sentido, o aspecto gráfico do blogue foi melhorado (agradecem ao M@rkuz, o nosso webmaster) e os CS já estão no Facebook. Muito em breve também twittaremos. Para alem, destas novidades, o nosso/vosso magnifico blogue, vai passar a ser mais eclético abordando as mais diversas temáticas, como a música (em breve as entrevistas com os Latem Quintet e os N’ASA), o cinema, a televisão.