27 setembro, 2011

Os cães

Há dias, fui passear o meu cão (um Pinscher) e vendo-o conversar com outro (um Rottweiler), que felizmente não o comeu, percebi que a vida de cão não é tão fácil como parece. Principalmente para cães de raça pequena, como o meu.


Como toda a gente sabe, os cães conversem ladrando, mas não é a sua única forma de comunicação. Como nós, deixam mensagens no mural, ou mas precisamente em murros, só que em vez de um gosto, deixam um pingo. De certa forma são os percursores em mensagens intermurais, através dos Pingosbook.

Os tais pingos, também servem para marcar o território e quanto mal alto tiver, mais alto será o cão, e logo merecedor de respeito por parte dos seus congéneres. Como devem calcular o meu cão, o Pinchas, distribuidor de pingos rasteiros, era alvo de chacota na comunidade canina. Era! Mas já não é! Resolvi o problema! Agora, sempre que o passeio, levo o escadote, assim tenho a certeza que ele é o mijão do sítio. Quando vejo que está prestes a abrir a torneira, pego nele e subo o escadote. Quem é rei? Quem é o rei? O pinchas! Pois é! Pois é! Coisinha do dono tão fofinho!

O cão pode ser o maior amigo do homem, mas há momentos na vida do animal em qualquer tipo de sentimento amistoso é esquecido, nomeadamente quando está a roer um osso. Nessas alturas é melhor esquecer qualquer manifestação de carinho, é melhor esquecer as festas. O seu cão pode ama-lo incondicionalmente, mas esse amor não evitará que ele lhe arranca a mão.

Como dizia há pouco, o cão gosta do seu dono como ninguém, mesmo quando este é extremamente injusto com ele. Por vezes, ao chegar à casa encontra presentes (sólidos ou líquidos, tanto faz), olha para o cão no num momentâneo acesso de raiva grita: “ mas que merda é esta!? Não sabes usar a casa de banho como toda a gente!? Vai comer esta porcaria e assim não voltarás a repetir a gracinha!”. O pobre do animal nem percebe o que se está a passar. Ele não fez nada! Ou culpa nem é dele! Foi o bastardo (de certeza que não fruto de um casamento ou relação estável) do gato do vizinho que colocou a porcaria das provas incriminatórias, só para ver o eterno rival levar uma coça.
 
E quando o inimigo é quem não pensávamos? Por ser pequeníssimo, foi esquecido! Na verdade, aquela javardice toda é obra doutro arqui-inimigo dos cães, as pulgas. Podem não ser muito grandes, mas são muito inteligentes. Vão até a cabeça do cão, e aí controlem-no para fazer as necessidades em sítios indevidos, ou seja, dentro de casa. Para quê? Assim, os donos chateados com os seus fiéis amigos expulsem-nos provisoriamente de casa. E lá fora quem está a espera dele? Mais pulgas! Um plano genial, a famosa “cabala pulgenta”.

Cabeça Suja… com o cão ao colo!


M@rkito ®

2 comentários:

mfc disse...

Escreveste com tinta invisível?!

O Cronista da Parvoíce disse...

Pois parece que sim! Se calhar era um texto tão mau que até o blog o rejeitou!