17 junho, 2011

Técnico de Gestão e Ordenamento do Parqueamento ou Gestor de Superfície (Arrumadores)


Antigamente havia poucos carros e poucos parques de estacionamento, mas era fácil encontrar um sítio onde deixá-los. Agora, existem milhões de carros e carradas de parques, mas estacionar revela-se como uma obra titânica. Felizmente para todos nós existem os Gestores de Superfície, verdadeiros anjos do asfalto ou terra batida, consoante o piso, que nos garantem lugar na terra prometida, o estacionamento.


Ser Técnico de Gestão e Ordenamento do Parqueamento é ter um emprego de luxo, aquilo não dá quase trabalho nenhum, com um ordenadão no final do mês e sem aquela chatice dos impostos no final do ano. Melhor ainda, não tem de aturar patrão ou chefe e pode tirar férias quando bem lhe apetece. Há pouco tempo, o técnico responsável pela uma área onde estaciono desapareceu durante uma semana. Eu pensava que tinha sido levado para uma comunidade terapêutica, ou outra coisa do género, ou mesmo que tinha levado um enxerto de porrada doutro técnico. Eles são muito territoriais, e não admitem roubos de estacionamentos. Acredito inclusive que todas as manhãs marcam o território. Mas afinal, tinha ido passar uma semana de férias a Barcelona e o melhor é que foi de carro. Este técnico tem carro. Não é para todos!

Há quem pensa que ser arrumador, outro dos nomes dados aos técnicos de gestão e ordenamento do parqueamento, é tarefa fácil ao alcance de qualquer um. Bem pelo contrário, para ser arrumador requer-se uma grande preparação física. É frequente vê-los correr de um lado ao outro para indicar um lugar. Para além ser também uma profissão de risco, ou melhor de riscos, principalmente para o vosso carro se não tiver dado a tão desejada moeda.

Por vezes os arrumadores são incompreendidos e mal vistos, mas sejamos francos são uma peça importante da nossa sociedade, pelo seu contributo económico e linguístico. São uma mais-valia para a economia, devido aos cobres (e são muitos) que ganham e são logo investidos em líquidos com teor alcoólico muito elevado. Os arrumadores enriquecem a língua portuguesa, com a criação de novas palavras, como “destorçar”. Em vez de viramos a direcção, destorçámo-la. Nem se percebe porque os eruditos linguísticos, não tinham pensado nisso antes.

Há quem diga mal dos arrumadores e que não fazem falta nenhuma, mas confesse, quando não encontra um lugar, naquele momento não se pergunta onde está o arrumador. Ou mesmo na praia quando não sabe onde colocar a tolha, se houvesse quem lhe indicasse o melhor sitio onde pô-la até dava jeito.

Cabeça Suja… a destorçar

M@rkito ®

1 comentário:

mfc disse...

Ora aí está uma nova licenciatura de sucesso!