12 fevereiro, 2008

Acabar com…os mimos

Ao ver este título, devem estar a pensar: “Acabar com os mimos!? Acabar com miminhos!? Mas este gajo é parvo!’”, o que não deixa de ser verdade visto que tenho uma parvoíce inerente e intrínseca a minha personalidade. Na verdade não é com estes mimos que quero acabar mas com os que têm figura de gente e que me assustam muito. Sim porque cada vez que vejo um gesto mímico, sinto medo. Medo porque é uma das figuras mais aterradoras que já vi, depois dos palhaços e da Floribella. Felizmente para mim, nunca mais vou volta-la a vê-la, apesar da sua substituta, a Chiquitita ou lá como se chama, também ser assustadora. Também sinto medo de não me conseguir conter e partir para a violência física. Apetece-me muitas vezes enfiar-lhes uma cadeira pela cabeça a baixo e desmembrá-los com a ajuda de uma motosserra. O que vale é que não sou violento!

O meu ódio pelos mimos começou quando eu tinha a tenra idade de 6 anos, idade da inocência, e passeava calmamente com a minha mãe por uma rua de lojas. Se bem me lembro íamos para as compras, algo que detestava na altura e que ainda detesto. De repente, deparo com uma imagem que me marcou para sempre. Estava uma menina a minha frente, por sinal bem jeitosa, com uma saia vermelha se não me engano. E não é que o vento soprou de tal forma que lhe vi as cuequinhas. Terá sido Deus a querer mostrar-me as maravilhas da vida!? Foi nesse dia que tomei a decisão mais importante da minha vida! Virei-me para a minha mãe e disse: “Mãe quando for grande, eu quero ser uma cuequinha de mulher!” Infelizmente e não sei porquê não consegui concretizar o meu sonho de criança.

Mas voltando aos mimos, nesse mesmo dia também vi algo que ainda hoje me aparece em pesadelos: vi um sujeito com a cara toda branca, luvas brancas, sapatos de pano com pompons (uma cena bastante gay) e a simular que corria em câmara lenta sem sair do mesmo sítio. Perguntei: “Ó mãe, porque é que aquele idiota com a cara toda branca, luvas brancas, sapatos de pano com pompons, muito estranho (na altura não sabia que os gays existiam e o que eram! Por isso apenas os achava estranhos) está a simular que corre em câmara lenta sem sair do mesmo sítio?

Antes que a minha mãe pudesse sequer tentar responder, já ele estava à minha frente a meter-se comigo e a ameaçar oferecer-me um cachorrinho invisível. Lembro-me de ter pensado: “Ai queres gestos? Então toma lá um gesto, pá!” O certo é aquele maldito mimo me custou um doloroso puxão de orelhas (creio que a minha mãe ficou surpreendida com a minha habilidade precoce para fazer piretes, quando espetei o dedo médio na narina do senhor).

Se fosse eu que mandasse, pegava em todos os mimos que conseguisse encontrar e punha-os na Praça de Touros do Campo Pequeno em frente a um esquadrão de fuzilamento. Aí sim, tinham razões de sobra para fazer caretas e gesticular à vontade. Considero que a Lei portuguesa é muito branda para com a mímica. No mínimo, o governo devia aprovar um decreto que punisse os mimos com dez anos de prisão por “atentado à inteligência e patetice pública”. Infelizmente, só por breves momentos os conseguimos ver em prisões imaginárias.

Há quem defenda que a mímica é uma arte. Bem, se assim é, ainda mais razões haverá para levarem os mimos a leilão. Seriam vendidos para ficarem expostos em vitrinas, a abrilhantar instituições psiquiátricas. Mas afinal, o que é que se passa com esta gente? Descobriram todos que têm um surdo-mudo dentro de si?

Cabeças Sujas...assustadas

M@rkito copyright

Nota: Este foi escrito a partir de um mail que recebi. Guardei as coisas que achei muito boas e dei lhes o meu toque pessoal.

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