24 maio, 2007

Os Contos Infantis (A Cinderela)

Um estudo recente demonstrou que os contos infantis, ou contos de fadas, podem ser prejudiciais para a sanidade mental das crianças. Há razões mais que suficientes para afirmar que estão repletos de péssimos exemplos. Podemos começar pelo o próprio designação da classificação literária a que são sujeito, ou seja o nome: contos de fadas. Contos de fadas!? Cooontos de fadas!? Só isso demonstra uma incitação à mentira, visto que é mais comum incluírem animais falantes, ou algum tipo de magia ou encantamento do que aquela minorcas com asas e varinhas. Os mais atentos poderão o confirmar.

Pessoalmente concordo com este estudo. Por isso através de diversos posts, tentarei sustenta-lo com a descodificação dos mais conhecidos contos infantis.

Não esquecendo que cada caso é um caso e que para toda a regra há uma excepção, não posso deixar passar a oportunidade sem recomendar um conto infantil. Este conto é a Cinderela de Perrault. Na sua obra, Contes de ma Mère l’Oye (Contos da minha Mãe Gansa), onde podemos encontrar historias como o Capuchinho Vermelho, Pele de Asno, ente outros, Charles de Perrault manifesta a intenção de escrever especialmente para as meninas, orientando assim a sua formação moral.

A Gata Borralheira, o outro nome do conto Cinderela, reflecta perfeitamente o que a sociedade deveria ser. Primeiro seria formidável, para não dizer estupendo, ou mesmo espectacular, se em vez de andar de carros que pouco a pouco destroem o nosso planeta, andaríamos de Pumpkin Car. Um veiculo de quatro cavalos (ratos), no sentido literal, ainda por cima bio-degradável, visto que é feito a partir de uma abóbora. Quem é amigo do ambiente!? Já me imagino no meu Pumpkin Car TDI, decerto que ia impressionar muitas!



E a nível da requalificação profissional, é impressionante como, por exemplo, ratos e outros animais amigos da protagonista, passam de bichos a costureiros, sendo pouco depois cavalos, cocheiros…etc. E a Cinderela passa de empregada a princesa sem esforço. Bastou-lhe esquecer-se de um sapato!!!

O factor sorte também está presente, o que seria dela se não setinha esquecido do tal sapato!? The Shoe’s Theory (Teoria do Sapato) está, de facto, implementada na nossa sociedade. As pessoas arriscam a sua sorte ao gastar o pouco que têm, para ganhar à lotaria (Euromilhões e outros concurso do género). Pensam no curto prazo e não no longo, poupando esse dinheiro poderiam talvez investi-lo para garantir uma maior fonte de rendimento. É caso para dizer: Arriscam-se a ficarem descalços por uma utopia.

O papel da mulher está muito bem representado nesta história. Muito trabalho, pouca diversão, tanto que quando tocam as 12 badaladas que encerram mais um dia de lides domésticas e anunciam outro, ela tem de estar em casa.
Como podem constatar, este conto tem de ser recomendado, visto que ele leva as meninas, mais tarde mulheres, para o caminho certo, o da submissão. Também nos ensina tretas como a esperança, o trabalho acaba sempre por ser recompensado, …etc. Fica a pergunta: Quem quer saber disso?

Cabeças Sujas…em Pumpkin Car

M@rkito Copyright

2 comentários:

C. disse...

E o príncipe? Coleccionador de sapatos de cristal... Hum... soa-me a ...
Bem, amei tua crítica literária e fico a aguardar por mais.
Jinhos Gandes
Carla

Patrice Barber disse...

Dedo ao alto, continuem!!!